Thursday, February 01, 2007

"Mãe, como foste capaz de me matar?"

"Um dia quando estava feliz a brincar no mais íntimo das tuas entranhas senti algo de muito estranho, que não sabia como explicar: algo que me fez estremecer. Senti que me tiravam a vida!... Uma faca surpreendeu-me quando eu brincava feliz e quando só desejava nascer para te amar (...) Mãe, como foste capaz de me matar?..." Este é apenas um excerto de uma carta que foi colocada nas mochilas de crianças de dois infantários de Setúbal, o Aquário e a Nuvem, da rede de instituições particulares de solidariedade social (IPSS), e por isso comparticipados pelo Estado, no caso dirigidos pelo Centro Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada. A missiva de apelo ao "não" ao aborto, sem estar assinada, motivou a indignação de alguns pais, que protestaram junto das educadoras. E ontem já circulava na Internet em vários blogues.
Contactados os dois estabelecimentos, o DN foi remetido para o padre Vieira, que dirige os infantários. Tentámos contactá-lo para o Centro Paroquial repetidas vezes sem sucesso. O padre Lino Maia, da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), mostrou-se surpreendido com a carta. Tanto mais que, sublinhou, a CNIS não tem posição oficial sobre o referendo de 11 de Fevereiro. "O nosso discurso desde Novembro é de grande abertura às várias opções." O padre Lino Maia não quis comentar o teor da missiva, mas frisou que se "trata de uma iniciativa localizada".
Um dos pais de uma criança do infantário, que não se quis identificar, considerou "inaceitável" ao DN que o seu filho "tenha sido arregimentado como 'voluntário' numa campanha tão violenta".
A carta de um pretenso feto à mãe que decidiu interromper a gravidez é, de facto, muito violenta. "Diz-me Mãe: quem poderia entrar cruelmente dentro de ti e chegar onde, com tanta segurança eu me encontrava, a fim de me matar? (...) Como poderia eu imaginar que uma mãe fosse capaz de matar o seu filho quando, em casa, não maltratam nem o gato, nem a televisão?"
E continua. "Agora, Mamã, sei tudo. Estou aqui no outro mundo e um companheiro que teve a mesma sorte do que eu, disse-me que sim, que foste tu... Disse-me que há mães que matam os filhos antes de nascerem. Mãe, como foste capaz de me matar? (...) Por acaso pensavas comprar uma máquina de lavar ou um aspirador, com os gastos que talvez eu te iria causar?"
A carta remata com a ameaça do Juízo Final e com um apelo. "Ele me disse que terás de Lhe dar contas do que fizeste! (...) Mamã, antes de me despedir de ti, peço-te um favor, que esta carta que te escrevo, a dês a ler às tuas amigas e futuras mães, para que não cometam o monstruoso crime que tu cometeste."
O Bernardo (nome fictício), de dois anos e meio, que frequenta um dos infantários onde a carta foi distribuída, deu-a à mãe, dizendo-lhe: "Tenho uma prenda para ti!"
P.S. – O teor degradante e o completo absurdo da campanha feita como foi referido nesta noticia faz-me pensar se o lado do "NÂO" tem o objectivo de hipotecar ainda mais qualquer possibilidade de o debate sair do âmbito do achincalhamento e da ofensa moral e condenatória das mulheres que o realizam e com isso levar com que as pessoas que votam "SIM" desta vez o façam de forma mobilizada...é que se o têm estão a conseguir...para além de que poderão hipotecar votos de indecisos que achem que isto não é uma campanha moral mas sim de consciência pessoal...

44 Comments:

Blogger MCA said...

Isto é infame! Mas não se pode generalizar. Este tipo de atitude é minoritária no "Não".

7:04 AM  
Blogger luisa said...

Ah refrendito, que mal sabias como irias, como mais nenhum, pôr a nú cada português...
A verdade é que, perante esta decisão, as personalidades e anonimidades mais inesperadas se vêem compelidas às atitudes mais absurdas e reveladoras.
A explicação pública dos porquês da intenção de voto neste referendo devia passar a ser averbada nos BI lusitanos!

5:28 PM  
Anonymous Anonymous said...

Oiçam isto aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=q6Qw1Xuqg9s

9:22 PM  
Blogger Pedro Sá said...

Bem feita para ver se o Estado começa a aprender a não subsidiar privados...

1:07 AM  
Anonymous Anonymous said...

A carta é dura e constrangedora. Mas como poderia um feto abortado falar do seu aborto? Talvez assim:

"Mãe, sei que no dia em que me abortaste estavas a sofrer muito. Não tinhas outra alternativa. A vida é trágica e fatalista. Por isso compreendo perfeitamente o que fizeste. A barriga é tua, tu é que sabes.
Mentiria se não dissesse que fiquei todo desfeito, mas também como ainda não tinha sistema nervoso, não doeu nada. Passado algum tempo já estava roxo. Quando puxaram o autocolismo parecia papa e cheirava mal. Nessa altura já estava morto.
Sei que agora estás com uma terrível depressão e por vezes acordas de noite com remorsos. Mas não fiques triste mãe. A única coisa que tu perdeste foi um abraço sentido de vez em quando, a declaração esporádica de que gosto muito de ti. Em troca, o pessoal do "sim" deu-te muito mais. Tiveste um aborto no valor de 400€, dez caixas de anti-depressivos comparticipados e consultas psiquiátricas gratuítas até ao fim da vida.
Quero dizer-te que, pela parte que me toca, estás perdoada. Adoro-te mãe!

2:36 AM  
Anonymous Anonymous said...

Como o pessoal do "não" não tem capacidades argumentativas racionais, pois que o que defendem é totalmente irracional, vão avançando com este tipo de golpes baixos. Baixo nível mesmo!

3:11 AM  
Anonymous Anonymous said...

Bem...acho que os apoiantes do sim deviam ler a

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA - NAÇÕES UNIDAS (não sei se conhecem...Façam uma pesquisa no google!), em que a um certo ponto diz:

"a criança, por motivo da sua falta de maturidade física e intelectual, tem necessidade de uma protecção e cuidados especiais, nomeadamente de protecção jurídica adequada, tanto antes como depois do nascimento"

Atenção: é que está mesmo escrito "ANTES E APÓS O NASCIMENTO".

MAS HÁ AINDA OUTROS ARTIGOS INTERESSANTES PARA QUEM NUNCA SE PREOCUPOU EM LÊ-LOS...

3:17 AM  
Anonymous Anonymous said...

Fala-se da criança que "sente" e num comentário da "maturidade" fisica e psicológica.

Para quem não sabe, informo que um feto com 10 semanas não é uma criança. Um feto com 10 semanas não sente o que quer que seja, não existe sistema nervoso central, sente tanto como um óvulo sente quando não é fecundado. Não se coloca a questão da maturidade psicológica, pois tal não existe sequer, existe tanto como a maturidade psicológica de uma couve, desculpem o exemplo, mas é para mostrar o ridículo do que está a ser dito aqui. Um feto com 10 semanas sente tanto como um ovo e não como um pintainho como querem fazer parecer. Incrível como os defensores do não querem manipular as cabeças das pessoas, tal como quando mostram imagens de abortos de 23 semanas... Este povo influenciável, sem opinião própria, sem capacidade de procurar a verdade e criar ideias próprias assusta-me um pouco.

5:04 AM  
Blogger Butch Cassidy said...

Assusta-me é pensar que quem não tem sistema nervoso central, mas tem um coração a bater não é um ser humano. É caso pra dizer que quem não sente não é filho de boa gente.

6:30 AM  
Anonymous Anonymous said...

"Assusta-me é pensar que quem não tem sistema nervoso central, mas tem um coração a bater não é um ser humano. É caso pra dizer que quem não sente não é filho de boa gente."

Mas não sabia? Fica então a saber que a nossa consciência e racionalidade é que nos torna diferentes dos outros seres.

O seu problema é que tem um coração a bater, então se o prazo for menos de 10 semanas, quando ainda não há um coração formado já se pode abortar? Podia defender como outros que é o código genético final e aí até o zigoto seria um ser humano e a pílula do dia seguinte seria um aborto. Porque não ir até ao espermatozóide e ao óvulo? Há que traçar a barreira e acima de tudo acabar com o aborto ilegal, ninguém obriga ninguém a abortar se a nova lei for aprovada, ninguém vota a favor do aborto, apenas se vota pela despenalização, porque quem quer abortar, aborta na mesma. Quem tem dinheiro vai a Espanha e quem não tem corre riscos de vida e de criminalização.

E perceba que o aborto é uma coisa horrível (especialmente se sem condições mínimas), mas por vezes a alternativa é pior ainda.

6:44 AM  
Blogger Butch Cassidy said...

Concordo. Para sequer considerar o aborto livre há que pelo menos traçar uma barreira. As dez semanas nunca serão uma barreira aceitável. Pelo menos não pelo que se sabe actualmente em termos clínicos.

7:12 AM  
Blogger Butch Cassidy said...

Claro que eu estou apenas a negociar algo inegociável, sigo uma linha de diálogo que apenas visa pôr o receptor a pensar no feto. Quem quer abortar livremente abortará sempre, e clandestinamente também (passando a nova lei, após as 10 semanas). O bode expiatório será sempre o elo mais fraco. E a nossa vontade será sempre soberana. A pergunta é se a nossa sociedade deve acenar com a cabeça ao aborto livre, ou se deve procurar outras soluções para resolver o problema e não apenas curar sintomas.

7:24 AM  
Blogger Joana said...

A isto chama-se terrorismo argumentativo.

7:53 AM  
Anonymous Anonymous said...

"Pelo menos não pelo que se sabe actualmente em termos clínicos."

Refere-se a quê concretamente. É que eu apoio o sim muito pelo que os especialistas médicos sabem actualmente sobre um feto de 10 semanas.

"A pergunta é se a nossa sociedade deve acenar com a cabeça ao aborto livre, ou se deve procurar outras soluções para resolver o problema e não apenas curar sintomas."

Não está mais que provado que os outros sistemas não funcionam? Quantos anos mais são precisos para que as pessoas percebam isso?

Quando um preservativo se rompe e apenas a mulher está empregada, corre o risco de não lhe renovarem o contrato por isso, tem a casa para pagar, o subsidio de desemprego do marido chega para pouco, não há planeamento familiar que resolva isso...

Se conhecessem a realidade das pessoas que se vêm obrigadas a abortar nas piores condições teriam outra opinião... Mas nesta sociedade as dificuldades só tocam a alguns e os outros acham-se no direito de os julgar (para não dizer criminalizar).

9:31 AM  
Blogger Butch Cassidy said...

Provavelmente o site é enviesado mas ao menos não é do nosso país medieval: http://www.abortionfacts.com/online_books/love_them_both/why_cant_we_love_them_both_12.asp

Uma pergunta: O aborto por questões sociais é igual ao aborto livre?

E quem não pode cuidar de um filho, não poderá dá-lo a quem dele queira cuidar?

E famílias que não querem/podem ter filhos. Não poderiam ser subsidiadas pelo estado a receberem uma interrupção voluntária de fertilidade?

São perguntas genuínas, se ofendem a sensiblidade de alguém, ou demonstram ingenuidade, desde já o meu pedido de desculpas.

10:28 AM  
Anonymous Anonymous said...

"Uma pergunta: O aborto por questões sociais é igual ao aborto livre?"

Psicologicamente depende da consciência e valores de cada um, fisicamente é a mesma coisa.

"E quem não pode cuidar de um filho, não poderá dá-lo a quem dele queira cuidar?"

É outra opção que as estatiscas contam que não tem o melhor dos resultados. A % de inserção com sucesso dessas crianças é muito baixa.

"E famílias que não querem/podem ter filhos. Não poderiam ser subsidiadas pelo estado a receberem uma interrupção voluntária de fertilidade?"

Defina "interrupção voluntária de fertilidade" em linguagem o mais simples possível (exemplo seria bom) sff.

10:42 AM  
Blogger Butch Cassidy said...

Intervenções como a vasectomia ou laqueação das trompas. Talvez fosse uma área onde a ciência podesse investir. Eu sei que soa mal tornar as pessoas inférteis, mas soa-me muito melhor que o aborto.

10:53 AM  
Anonymous Anonymous said...

O problema aqui não é soar bem ou mal, mas sim resolver os problemas das pessoas/sociedade da melhor forma possivel.

Mas isso é uma decisão muito complicada de se tomar, pois impede a mulher de voltar a ter filhos. Não me parece uma alternativa viável.

11:19 AM  
Anonymous Anonymous said...

Se argumentar racionalmente é terrorismo argumentativo (Joana, 7:53 am), aqui vai mais um petardozito.
Aquilo que, decididamente, os defensores do SIM não conseguem resolver − e, por isso mesmo, fogem à questão com frases tolas do género "não queremos mulheres presas, ou julgadas, ou investigadas", como se as mulheres não fossem cidadãos sujeitos ao Direito − é o seguinte:
1. Actualmente, em Portugal, existe um regime legal de despenalização do aborto, já sobejamente repetido, com casos em que a ilicitude do acto é excluída.
2. Esses casos pressupõem, obviamente, a prática do aborto em estabelecimento de saúde autorizado, bem como a vontade expressa da mulher e, em alguns deles, limites temporais.
3. Fora desse quadro de despenalização, qualquer aborto denunciado leva à instrução de um inquérito, nos termos gerais do processo penal.
4. Daqui, e nos mesmos termos, decorrerá, ou não, o julgamento dos implicados no acto, incluindo a mulher que haja abortado.
5. Em julgamento tem-se verificado que os juízes, de acordo com o Direito concretamente mobilizável, têm chegado a juízos que variam entre a absolvição e a condenação com suspensão da pena.
6. Estas decisões, juridicamente fundadas, em nada violam a lei em vigor. Quanto à absolvição, nem carece de mais explicitações, pois só por ignorância se pode pensar que um julgamento tem de conduzir a uma condenação, quando o que vigora é o princípio transpositivo da presunção da inocência; quanto à suspensão da pena, porque a própria lei admite inúmeros casos em que ela é admissível e, ainda que a lei o não previsse, qualquer aluno do 2º ano de direito sabe que o sistema não se reduz à lei, integrando também princípios, doutrina, jurisprudência e usos, cabendo ao julgador ponderar os interesses e os valores in casu pertinentes.
7. Posto isto, vejamos: dizem os partidários do SIM que pretendem despenalizar, isto é, que a mulher não possa ser penalizada, porque tal situação é incivilizada e injusta.
8. Por mera retórica, admitamos que assim é; mas, se já existe despenalização, aquilo que visariam seria excluir do regime penalizador as mulheres, ou seja, da actual lei (incivilizada e injusta) que prevê a prisão para a mulher que aborta fora do limitado quadro de despenalização passaríamos a uma lei que, pura e simplesmente, não perseguiria penalmente a mulher.
9. Acontece que não é disso que tratam, nem é isso que querem.
10. Aquilo que vão votar e que, por via desse voto, vão viabilizar em sede legislativa é algo equivalente à resposta positiva a uma outra pergunta que se obtém por mera substituição dos termos da equação (não acrescento, nem retiro − apenas torno visível o que já lá está implícito).
11. "Concorda com a aplicação de pena de prisão, na sequência de procedimento criminal, à mulher que pratique a interrupção voluntária da gravidez após as 10 semanas de gestação ou, em qualquer momento da gestação, fora de estabelecimento autorizado?" A esta pergunta os partidários do SIM têm de responder... SIM.
12. É claro que isto alarga, por via da liberalização (que diz respeito aos motivos), o campo da despenalização; mas esse é apenas um problema quantitativo − qualitativamente, continua a haver penalização.
13. Ora, o SIM tem dito, à exaustão, que o NÃO é hipócrita, porque quer manter a lei, mas não quer que ela se aplique (o que já vimos ser falso, porque o facto de não haver arguidas presas não tem nada a ver com a desaplicação da lei).
14. Mas, se o NÃO é hipócrita e o SIM é verdadeiro, honesto, transparente, então só pode defluir uma conclusão: os defensores do SIM no próximo dia 11 vão exigir que, fora do quadro que tão entusiasticamente votaram (até às 10 semanas e em estabelecimento autorizado), os processos se instruam e os juízes, com mão implacável, apliquem a lei e prendam as mulheres. Isso será coerência, isso será decente, isso justificará, enfim, tanto empenho na alteração da lei.
15. Estou seguro de que, à porta dos tribunais, com a habitual cobertura televisiva, teremos os do costume, mas, desta vez, exigindo penas severas para as infractoras.
16. Assim, e concluindo, não acabando com o aborto ilegal, não acabando com a criminalização das mulheres, não reconhecendo dignidade humana ao feto, o que o SIM consegue é uma monstruosa fraude.
17. O que os move, então? Política, obviamente. Sem ética, entenda-se, que isso é coisa reaccionária e medieval

12:44 PM  
Anonymous Anonymous said...

Oh! Que escândalo!

Uma carta destas? Um horror!

Isto não deve ser dito de maneira alguma!

Afinal, está-se a tratar apenas de despenalizar esta prática, para que possa ser exercida livremente! Não falemos no aborto em si. Isso, nem pensar!

Estou chocado!


Bom, este ponto 15 apresentado anteriormente é, no mínimo, hilariante, não fosse a tristeza dos factos...

4:53 PM  
Anonymous Anonymous said...

É. Só pensam na liberdadezita da mulher e a criança que tem o direito a nascer, não vêm. Os do SIM só pensam nas mulheres que vão para a cadeia, que aliás não há nenhuma, e não tem um pingo de vergonha em sacrificar uma vida em nome de uma falsa liberdade. Tenham vergonha!

2:37 AM  
Anonymous Anonymous said...

Apenas 2 pequeninas notas:
O Referido Centro é propriedade da Igreja catolica. Sendo um dos serviços da paroquia em questão, é natural que o centro afirme a sua posição. Seria noticia sim se o referido centro apoiasse o sim.
O subsidio que os centros paroquiais recebem, destinam-se unica e exclusivamente a reduzir as mensalidades das familias carenciadas. A Segurança social exerce uma eficaz fiscalização sobre as instituições. Se a segurança social cortar o subsidio, não será o centro o lesado, mas as inumeras familias que não tem onde deixar os seus filhos, porque o estado não cria creches nem infantários.
No dia em que a Igreja Catolica encerrar todos os seus Lares, centros de dia a apoio domiciliário, bem como creches, infantarios e escolas, o país tomará consciencia do trabalho realizado.
Não se pode é exgir da Igreja que tome uma atitude contraria à sua doutrina.
Os pais que não queiram ter os seus filhos em instituições catolicas devem procurar outras, laicas, do estado que se enquadrem no seu perfil.
José António

7:21 AM  
Anonymous Anonymous said...

Será que vale mesmo a pena comentar este tipo de atitudes pró-não?!

1:46 PM  
Anonymous Anonymous said...

Não se trata de uma atitude pró não. Trata-se da na casa de cada um se fazer como o dono da casa entende.
O estado dito laico, decreta que nas suas escolas não podem haver simbolos religiosos. Tem esse direito? O que é certo é que ninguém reclamou. A Igreja, num espaço que é seu, não lhe é permitido expor o seu ponto de vista.
A questão não é a carta. A questão é o não reconhecerem que dentro da instituições catolicas, a doutrina catolica sobre a vida não pode ser ensinada, porque um pai não quer.
O autor desta brilhante denuncia, retire de lá a sua criança uma vez que não concorda com a posição da direcção da escola.
Trata-se de demagogia e aproveitamento do mais rasca por parte do sim.
Lamento, mas é a minha opinião. E como também ela conta, tenho de a manifestar.
José António

2:31 PM  
Anonymous Anonymous said...

concordo inteiramente com o José António.

2:35 PM  
Anonymous Anonymous said...

A carta trata simbolicamente a verdade nua e crua. Até os do sim admitem. Pois é, é duro, mas são os factos. DOI não, sejam racionais, e parem de apoiar o que vocês próprios criticam.

4:47 PM  
Anonymous Anonymous said...

Bem...o governo prevê gastar 10 MILHÕES DE EUROS...sim 10 000 000 € se o sim ganhar no referendo...

CAROS APOIANTES DO SIM,

AS PESSOAS MINIMAMENTE CIVILIZADAS, estariam neste momento a discutir outro argumento antes da lei do aborto, e este seria:

"Que é que se pode fazer com 10 000 000 de €, para ajudar as mulheres que pretendem abortar (recordo que mais de 90 % das mulheres aborta devido a dificuldades financeiras, e/ou porque são pressionadas pela família/namorado!!!), para que elas não abortem...

Sim, se a mulher tem dificuldades financeiras, o estado deveria ajudar essa mulher financeiramente, para que ela tivesse o filho, e não desresponsabilizar-se promovendo o aborto!

Mas parece que os apoiantes do sim, pensam apenas, não em ajudar as mulheres, mas sim em sujeitá-las uma falsa solução, que é o aborto, "chi sa" numa tentativa de desresponsabilização da própria consciência, que apenas levará a que clinicas privadas, psicólogos e psiquiatras venham a ganhar uns trocos em Portugal. Aumentando (tal como em Espanha, Reino Unido, Austrália etc, basta consultar as estatísticas oficiais!), o número de abortos aumente!

Mais...acham justo que para uma consulta no médico de família, ou de planeamento familiar, se espere 1,2,3 meses para a conseguir, e que para abortar seja quase de um dia para o outro????????

Antes de qualquer lei deste género o estado deveria, fornecer gratuitamente nas farmácias todos os contraceptivos de forma gratuita!

E mais...com 10 semanas o filho, pode nem ter sistema central...mas está tudo lá para que o tenha!

Portando, não sejamos HIPÓCRITAS, com a vida, porque contra factos não há argumentos, e assim os argumentos do sim, não chegam a lado nenhum, porque é um facto que:

a vida humana começa na concepção, e que abortando, estamos a MATAR LITERALMENTE (POIS É OS APOIANTES DO SIM NÃO GOSTAM DESTA PALAVRA, MAS TEMOS DE TRATAR AS COISAS PELO NOME DELAS!!!), A MATAR UM SER HUMANO, COM OU SEM SISTEMA CENTRAL).


Portanto sub-desenvolvidos são aqueles, que tentam resolver um problema, neste caso social e grave, não encarando-o de frente, mas através de uma escapatória desresponsabilizante, como´é o aborto!!!

Ajudem as mulheres em dificuldades a ter o filho, e verão os olhos delas cheios de lágrimas, a dizer:

"Muito Obrigada".

9:44 AM  
Anonymous Anonymous said...

Pouca vergonha!

3:20 PM  
Anonymous Anonymous said...

Por algums comentários aqui expostos, por pseudo-intelectuais, mestrados na arte da demagogia vinculada, é-me sugerido dizer algumas palavras:
Primeiramente, há um sim e um não.
Segundo, cada indivíduo irá votar segundo as suas ideias próprias.
Terceiro, liberalizar o aborto é apenas oficializar algo que irá sempre existir.
Poupei Portugal de mais um passado retrógado, reiventem-se, porque a resposta não tem que ser sempre jurídica, sabem o que é motivação?
Grande erudição prática, pouca visibilidade social.Será que não conseguem ver isto para além de um jogo de política barata?Acordem, por favor...Por favor!

8:38 PM  
Anonymous Anonymous said...

Primeiro Caso

Na minha rua havia um grupo de pessoas carenciadas, com muitas dificuldades económicas, que, perante o desespero de tal situação, não tiveram alternativa e roubaram a mercearia.

O que fazer para que tal acto não volte a acontecer?

A) melhorar o policiamento na minha rua e prender quem rouba
B) despenalizar o roubo de mercearias porque os motivos assim o justificam
C) fazer esforços por melhorar as condições de vida das pessoas da minha rua para que não cheguem ao desespero de ter de roubar

Escolha a resposta e depois veja o resto da mensagem em baixo.


































Agora substitua as palavras "rua" por "sociedade" e "roubar a mercearia" por "abortar":

Segundo Caso
Na minha sociedade havia um grupo de pessoas carenciadas, com muitas dificuldades económicas, que, perante o desespero de tal situação, não tiveram alternativa, e abortaram.

O que fazer para que tal acto não volte a acontecer?

A) melhorar o policiamento na minha sociedade e prender quem aborta
B) despenalizar o aborto porque os motivos assim o justificam
C) fazer esforços por melhorar as condições de vida das pessoas da minha sociedade para que não cheguem ao desespero de ter de abortar

Se escolhe B) no segundo caso porque é que não escolheu B) no primeiro?

Eu escolho C) nos dois casos. Utopia?! talvez... mas é o caminho certo... o outro é apenas o mais fácil!
Envie esta mensagem a todos os seus amigos. É preciso despertar as consciências.

4:16 AM  
Anonymous Anonymous said...

Em prol de um debate esclarecedor, gostaria de recomendar um blog, que faz uma abordagem ao referendo ligeiramente diferente da que nos fomos acostumando:

http://blogdefrente.blogspot.com/

Melhores Cumprimentos,
David Sanguinetti

2:03 PM  
Anonymous Anonymous said...

touros de morte: não!

aborto: sim!

bela coerência, sim senhor!

2:17 AM  
Anonymous Anonymous said...

se há uma coisa que não percebo, é: porque é que parece de alguma maneira irritar (não, não digo isto em jeito de provocação) os do sim quando se diz que nós, do não, criámos dezenas de instituições para ajudar as mulheres (mais de cem mil - digo numeros porque sou representante de uma delas)?
Não é uma coisa boa? AS mulheres são aí tratadas; aí são-lhes dadas condições de ter o seu filho; mulheres que aparecem lá a dizer que vão fazer um aborto, são acolhidas e ficam lá meses de seguida, onde os seus bébés nascem e são-lhes dadas competências para educarem as suas crianças!
Será que isto não é bom? será que isto é "não fazer nada desde que ganharam o referendo de 98"?
Será que uma mulher ajudada a ter um filho, a ter condições para ter o seu filho, será que isso não é melhor?
E a minha experiência é que é de 0,01% a percentagem das mulheres que, depois de ajudadas nas várias instituições, saem insatisfeitas: claro que saem contentes: tiveram o seu filho, e têm-no com condições!
Importante é lembrar que nós funcionamos com fundos PRIVADOS, assim como funcionam a maior parte destas instituições: relembro que TODOS concordamos que o aborto é um MAL, que quanto menos melhor!
Convido os do sim a olharem para esta realidade, e, ao invés de lutar para a despenalização do aborto, lutem, CONOSCO, para pedir a atenção (que não existe-porquê????) do Estado para nós, instituições!
Um aborto É um mal: ajudem-nos, da melhor maneira possível - ajudando a MULHER, ajudando o seu FILHO!

12:58 PM  
Anonymous Anonymous said...

Primeiro espantou-me a ausencia de resposta.
Agora sei que não a têm.
Obrigado.
Podem então como nós Votar NÃO!
José António

3:48 PM  
Blogger Maria said...

GOSTEI DOS ANÓNIMOS

E VOU VOTAR SIM!!!!!

8:05 PM  
Anonymous Anonymous said...

Inquietações:

Se a vida é eterna, se somos eternos e engendrados amorosamente em Deus desde toda a eternidade, porquê esta obsessão que os humanos têm apenas com a vida terrena (aquela que começa na concepção e termina na morte)?

Porque não aprofundamos mesmo a questão e, uma vez que existimos desde toda a eternidade, isto é, antes da concepção e para além da morte, não pomos a hipótese de talvez, sim talvez, nem sempre seja bom ser concebido em determinadas circuntâncias?

E se a entidade que já somos antes, estiver sujeita a este condicionalismo fisiológico da concepção, independentemente da sua vontade?

Se já é uma Vida , porque o condenamos sempre a uma existência terrena seja ela favorável ou não?
E se essa vida/alma tiver outras oportunidades de se vestir com um outro corpo humano, em outro momento de concepção impregnado de amor, (sim, porque acredito que esta é apenas uma vestimenta para a minha alma)?


Sendo assim, pode ou não pode ser um acto de amor, interromper uma gravidez? E pelo contrário, prossegui-la um erro grosseiro e egoísta, uma irresponsabilidade?

E já agora, este apego desmedido à vida e o apego que impomos a todas as mães para terem os filhos quer ela queira quer não, não será apenas um vício?

Um vício que se manifesta em tantas coisas, (por exemplo em ter filhos para cuidarem de nós na velhice e em todos os os actos de egoísmo tantas vezes disfarçados de abnegação), mas que se manifesta principalmente nesta absoluta doentia relação com a morte que as sociedades cultivam.

Acredito que Deus é Amor. E sinceramente acho que na infinitude Dele e da Vida, não dará assim tanta importância a esta ideia tão limitada da concepção que fazemos da vida apenas terrena.
"Deus dá a Vida, só Deus a pode tirar" Exactamente : tirar a vida, podemos dizer que nos tira a vida (terrena) a todos, não obstante, não deixa de nos amar ! Muito pelo contrário (acho eu)É o nosso assassino amoroso por excelência! Se a vida terrena fosse assim tão intocável, Ele, que é de uma Sabedoria e Amor infinitos... tirá-la-ia logo a todos, sem excepção?

Tenho pensado mesmo muito sobre o que Cristo faria neste referendo. Por todas estas razões, custa-me a crer que ele impusesse uma continuação de gravidez a qualquer mulher que o não desejasse profundamente.

Mas isto sou eu... talvez errada, como todos podemos estar errados e só um dia no seio de Deus teremos a resposta. Sendo assim, porquê impor as nossas ideias a todos os outros nossos irmãos, enfiarmo-nos nas suas consciências e fazermos de Deus?

5:27 AM  
Anonymous Anonymous said...

Não percebo como é que as pessoas do não comparan aborto a roubo de mercearias e a touros de morte.

Que raio de argumento. Que raio de campanha suja e mentirosa, usando ecografias para comover as pessoas em vez de as informar.

Cambada de hipocritas!

Sim À DESPENALIZAÇÃO do aborto em condiçoes HUMANAS.

7:49 AM  
Anonymous Anonymous said...

Hipocrisia? hipocrisia é dizer que se é contra o aborto quando se oferece à mulher como única alternativa o próprio aborto!!
..."condições humanas"?!? Mas existe algum humanismo no aborto??!
Pois, é sempre mais fácil gastar antes milhões de € em clínicas de aborto do que em instituições de apoio à mulher grávida...assim ninguem se tem que chatear...resolve-se o "problema" num instante. Não defendo a penalização da Mulher...mas também não aceito de forma alguma a lei proposta...não dignifica a mãe, não salva a vida do nosso filho, deixa-nos traumas e por fim não resolve o aborto clandestino, com a agravante de aumentar o nº de abortos (Veja-se o caso de outros países). Mude-se a lei de outra forma, não desta!!

8:31 AM  
Blogger lobo mau said...

Conversa de uma mãe grávida com o Doutor quando este se encontra a realizar uma ecografia.
Grávida:Sr Dr só quero ter 3 filhos e já tenho 2 meninas e agora queria tanto ter um menino,diga-me que é um menino ,diga .(insistindo).
Dr: Desculpe mas é mais uma menina.
grávida : oh,não, e agora, mais uma menina.
Dr: Olhe ,pode fazer um aborto e tornar a tentar.
http://lobosmaus.blogspot.com
A verdade doi

1:22 PM  
Anonymous Anonymous said...

O ANTICRISTO

Basta ler alguns posts aqui para se entender que o búsilis da questão do sim é ser contra a Igreja.

São efectivamente estes novos Zombies sociais, que apelam à morte em nome de um tal "direito de escolha", como se de escolher entre um Big Mac ou uma sandocha de fiambre se tratasse, os AntiCristos do Século XXI.

Se os anteriores Anticristos, como Hitler e Napoleão, tinham a noção que estavam a proceder mal? Possivelmente não, mas tinham a certeza de estar a matar e magoar muita gente ainda que pensassem que o faziam por um "bem maior". Pois os de hoje não, não têm a mínima noção dos efeitos dos seus actos, deliberam em cima do joelho e argumentos que se seguram como um castelo de cartas ao vento.
Quando em breve o clamor das almas daqueles que enviaram prematuramente para o outro mundo (Se ele existir) lhes vierem bater na consciência, nessa altura baterão no peito e mentirão, dirão que votaram não.

Mas não o fizeram! Porquê?
Porque não têm consciência dos seus actos, para eles o mal é bom, o mal é modernaço, o mal é a solução para os problemas que insistem em colocar debaixo do tapete e aos quais pretendem dar a solução mais simplista que se poderia imaginar: matar.
São os mesmos que defendem que a morte seja despenalizada aqueles que apontam dedo à jovem grávida. Porque não é casada, porque é jovem, porque "não tem futuro" com aquele filho. No futuro próximo serão os mesmo que negarão uma mão de ajuda a essas mães, pois só não abortaram porque não quiseram.

Matar meus amigos, é simples no acto e dificil na vida. Hoje num segundo expiram uma vida que poderia ser longa não fora uma mera decisão arbitrária e obscena lhe ter excluído essa hipótese, mas um dia serão milhões de pequenos anjos, anjos aos quais a Divina Justiça não pode ignorar.

Pensem nisso, é uma simples cruz mas far-vos-á responsáveis directos por cada um desses anjos aos quais a vida foi negada. Basta que uma mãe que não abortaria se fosse ilegal o faça por ser legal, uma vida certa seja negada devido à lei vigente, e a vossa condenação é consumada.

Será por Deus? Sinceramente não o sei responder, não sou assim tão crente no Divino, mas certamente nas vossas consciências viverá para sempre o Grito Silencioso, aquele que uma vez largado do ventre materno não se apagará jamais.

4:27 PM  
Blogger GoMi said...

Mas quem é que cala estes hereges...
«No boletim distribuído aos fiéis na missa do passado domingo, o responsável pela Paróquia de Castelo de Vide escreveu que «os cristãos que votarem sim incorrem numa excomunhão e os que se abstiverem de votar cometem um pecado mortal gravíssimo que os irá impedir de participar na missa».
«O próximo vai dizer que legalmente, quem fizer aborto não poderá ter um enterro religioso»
»

“Nunca um coxo treinou atletas para a maratona nem um mudo deu aulas de dicção.
Só os padres não prescindem de dar conselhos sobre a reprodução e a sexualidade!”

Haja paciencia...

6:30 AM  
Anonymous Anonymous said...

Concordo que o papel da igreja não tem sido nada positivo nesta questão...nem tão pouco se devia intrometer...mas não é por isso que vou deixar de acreditar que existem outras alternativas à crueldade do aborto e deixar de lutar pela defesa da vida! Não varram o "pó" para debaixo do tapete...ofereçam outras condições mais dignas e mais humanas à mulher! Merecemos melhor, o nosso filho também merece!

9:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ora muito bem...

tantas palavras...que simplesmente são aqui escritas...pelo facto de um dia a mae de cada um de nós nao ter abortado!

Vamos salvar vidas e dar a essas vidas possibilidade de serem aquilo que decidirem...o governo tem mais é que apoiar todas as mulheres que nao term possibilidades de dar uma vida estavel...e criar condiçoes de terem os filhos com vidas dignas.mas nao a MATAR! para quem nao sabe o significado de matar...dirija-se a um dicionario mais proximo e veja de facto o verdadeiro sentido da palavra. Esta palavra que tantas pessoas tem dito estar a ser usada de forma errada. é sem duvida um agrande verdade! Eu vou votar NAO NAO NAO....

9:06 AM  
Blogger Drinha said...

Aborto é crime sim. Há várias formas de não engravidar.A carta é dura? Duro é querer engravidar e não conseguir. Duro é saber que há tantas mulheres ceifando vidas indefesas, porque não pensaram na consequencia dos seus atos. A minoria dessas mulheres nao teve acesso à informação, mas a maioria delas já tinha ouvido falar pelo menos em camisinha e mesmo que não, o caras que transaram com elas sabiam disso. Não ao aborto indiscriminado!

3:10 PM  

Post a Comment

<< Home